**"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível." Fernando Pessoa**

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O nosso Tempo...



Com uma voz tímida e com os olhos admirados, o pequeno rapaz pergunta ao seu pai que chegou do trabalho:"Papá, quanto ganhas tu à hora?"

Muito surpreso, o pai atira um olhar ao seu filho e responde:"Ouve, filhinho, mesmo a tua mãe não sabe. Deixa-me um pouco tranquilo. Tive um dia esgotante, estou cansado."

"Anda, Papá, diz-me. Quanto ganhas tu numa hora de trabalho?"

Finalmente, o pai responde duramente:"30 Euros à hora, os nossos amigos de Quebeque diriam 40 dólares."

"Papá, podes emprestar-me 15 Euros?" pergunta a criança.

Mostrando a sua fadiga e o seu nervoso, o pai zanga-se:"Era por isso que querias saber quanto ganho à hora? Para te emprestar dinheiro! Anda, vai dormir e pára de me enervar!"

Á noite, o pai repensou no que tinha dito ao seu filho. Se calhar ele queria comprar qualquer coisa de importante para ele, ou dar um presente à mãe?

Para estar em paz com a sua consciência, ele vai ao quarto do seu filho ver se ele já dorme."Tu já dormes, filhinho?"

"Não papá, porquê?"

"Tens aqui o dinheiro que me pediste" diz o pai.

"Obrigado, oh obrigado papa!" O rapaz põe a sua mão debaixo da almofada e tira 15 Euros.

"Agora, tenho o dinheiro suficiente! Agora tenho 30 Euros!!!

"O pai olha para o filho, admirado, e não compreende a sua alegria.

"Papá, podes vender-me uma hora do teu tempo?"


"O tempo é o dinheiro da vida. É o nosso único bem e nós sozinhos podemos decidir o seu uso. Não deixe que os outros o gastem por si."

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