**"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível." Fernando Pessoa**

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Hoje é noite de 'chuva' de estrelas cadentes



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Terra está na zona de concentração de poeiras deixadas por cometa Swift-Tuttle.

Com os seus rastos de luz, que mal duram o tempo de um piscar de olhos, as estrelas cadentes, como lhes chama a voz popular, são um dos fenómenos que mais fascinam as pessoas quando olham o céu nocturno. Há até quem formule secretos desejos perante esses brilhos fugazes no céu. Amanhã, com o fenómeno das Perseidas a entrar no pico, espera-se noite afortunada, em que poderão ocorrer "entre 65 e 100 por hora", como afirmou ao DN Nuno Milagaia, do Centro de Ciência de Constância, onde a partir da tarde haverá observações abertas ao público.

Todos os dias há um ou outro destes meteoros - assim os designa a astronomia - que entra na atmosfera terrestre, riscando o céu, mas amanhã é noite de "chuva de estrelas". É o ponto alto das Perseidas, fenómeno que ocorre todos os anos por esta altura, quando a Terra se cruza na sua órbita com as poeiras deixadas pela cauda do cometa Swift- -Tuttle. Este ano há mais um aliciante: a Lua acaba de sair da sua fase nova e o céu terá uma escuridão particular para a observação do fenómeno. Num local sem poluição luminosa, longe de cidades, será mais fácil ver o "espectáculo".

Os meteoros são pequeníssimos grãos de poeira, muitos deles menores do que grãos de areia da praia, outros um pouco maiorzinhos. Quando a Terra passa em zonas do espaço com concentrações destas partículas, como agora está a acontecer, estas penetram na atmosfera a cerca de 59 quilómetros por segundo e acabam por arder e volatilizar-se, dando origem ao rasto luminoso que tanto atrai quem as vê.

Neste caso, observando com atenção, vê-se que os meteoros parecem provir de um determinado ponto, dali irradiando em todas as direcções. Esse ponto é chamado radiante e, no caso das Perseidas - daí o seu nome - , ele está junto à constelação de Perseu.

Há relatos desta chuva de estrelas desde o século VIII, mas foi só em 1835 que o matemático e astrónomo belga Adolphe Quetelet (1796-1874) descobriu a origem do fenómeno e demonstrou que ele ocorre anualmente. O cometa Swift-Tuttle, que tem uma periodicidade de 133 anos, fez a sua última passagem por estas paragens em 1992.

Fonte: DN Ciência


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1 comentário:

Maria Santos disse...

Bolas... esqueci-me disso... vou vestir-me e colacar-me de cabeça para o ar a ver e a formular desejos... no meio dessa chuva de desejos algum há-de concretizar-se...
Beijos!