**"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível." Fernando Pessoa**

quinta-feira, 18 de março de 2010

De Coração para Coração


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O que separa corações não é a distância, é a indiferença.

Existem pessoas juntas, com os corações unidos, estando separadas por milhares de quilómetros e outras separadas vivendo sob o mesmo tecto.

Muitas vezes importamo-nos com o que acontece no mundo, sensibilizamo-nos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas esquecemo-nos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família e mesmo na vizinhança.

Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam.

A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos...

As pessoas habituam-se tanto àquelas com quem convivem ao ponto de passarem a deixarem de as notar, a não dar mais importância.

Mas, se quisermos transformar o mundo, comecemos por nos transformar a nós próprios.

Se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro da nossa própria casa; dentro de nós.

Necessitamos de olhar os que estão ao nosso lado sempre com novos olhos.

Comunicar, destruir barreiras e, construir pontes.

Precisamos dar-nos de coração para coração.

A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la, o amor transforma tudo.

Não permitas que pessoas ao teu lado morram de solidão, não permitas que elas sintam-se melhor fora de casa que dentro dela; dá atenção, dá o teu próprio tempo, comunica.

Vê menos televisão e conversa mais; riam juntos... Há quanto tempo não dizes para as pessoas que vivem ao teu lado que gostas delas?

A gente não recupera tempo perdido, mas podemos decidir não perder mais.

Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram.

Há sempre tempo para amar e se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar.


A.D.
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