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Ninguém vive só...
mesmo as estrelas do céu brilham juntas.
Mesmo as águas do oceano correm em conjunto.
Mesmo as lágrimas rolam duas a duas, não raro acompanhadas de sorriso...
Ninguém vive só...
mesmo as folhas pequeninas dos arbustos dormem juntas.
E os pássaros cortam ares em revoadas.
Ninguém vive só...
mesmo as pedras procuram o caminho, porque o caminho não é deserto, mas transitado pelos homens.
Mesmo as flores procuram o jardim, porque os jardins são visitados.
Mesmo os perfumes procuram as flores, porque a flor perfumada exerce maior atração.
Ninguém vive só...
e nessa grande harmonia de conjunto, resta a constante busca de "outro", neste irresistível poema de sociabilidade, nós nos situamos também como gente.
Ninguém vive só...
situar-se como gente é abandonar a idéia do EU, a atitude do egoísmo para aderir ao NÓS.
Eu , você, todos nós: Abertos, confiantes, construtivos, comunitários e sociais!
Roque Schneider
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