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Mergulhe nas águas límpidas de um riacho e ao sair dele, já não será o mesmo e nem o riacho será o mesmo.
Não é preciso que mergulhe novamente para que sejam um novo homem e um novo rio.
As águas que o abraçaram passaram e seus pensamentos, seus sentimentos, seu olhar, sua percepção, se modificaram num piscar de olhos.
Tudo é assim.
Nada do que se diz, do que se pensa, do que se percebe agora, neste momento, será igual no momento seguinte.
O presente já é passado.
A rapidez e o dinamismo do universo são grandiosos demais para nossa percepção e a confusão se faz.
Pensamentos e valores de ontem nos direcionam hoje e nosso objetivo é atingir o amanhã.
Perdemos o que chamamos de tempo e, consequentemente, perdemos o que chamamos de oportunidade.
Milhares delas passam por nós e nosso olhar está voltado para o outro lado.
Será que se nos distanciássemos um pouco do nosso próprio umbigo e nos libertássemos desta prisão que é viver em função da análise do tempo, se nossos parâmetros fossem outros que não os enraizados no passado ou os vislumbrados no futuro, não conseguiríamos definir melhor o nosso presente?
E, se assim fosse, não "perderíamos tempo" julgando, analisando, pesando e argumentando, visto que o faríamos por algo que já não é mais importante.
Deixaríamos os "achismos" de lado e compreenderíamos mais facilmente a nós e a todos os iguais, como seres em constante transformação.
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